Branca de Namur

Branca de Namur
Branca de Namur
Blanka de Namur. Museu Nacional de Estocolmo. Óleo sobre tela 136 x 110.5 x 4.5 cm. Autor Desconhecido
Rainha consorte da Suécia
Reinado 5 de novembro de 1335 – 1363
Coroação 22 de julho de 1336, na Catedral de São Nicolau de Estocolmo
Rainha consorte da Noruega
Reinado 5 de novembro de 1335 – 15 de agosto de 1343
 
Nascimento 1320
  Namur, Valônia, Bélgica
Morte 1363 (43 anos)
  Copenhague, Dinamarca
Sepultado em Igreja de Santa Maria, Oslo, Noruega[1]
Cônjuge Magno IV da Suécia
Descendência Haakon VI da Noruega
Érico XII da Suécia
Casa Dampierre (por nascimento)
Bialbo (por casamento)
Pai João I de Namur
Mãe Maria de Artois
Brasão

Branca de Namur (em sueco e norueguês: Blanka; Namur, 1320Copenhague, 1363), foi rainha consorte da Suécia e Noruega como esposa de Magno IV da Suécia. Branca era a filha mais velha do marquês João I de Namur e de sua segunda esposa Maria de Artois, senhora de Merode.

Casamento

Não são conhecidas as circunstâncias pelas quais o rei da Suécia veio a se casar com uma mulher do Condado de Namur, parte dos Países Baixos, porém, se sabe que Magno viajou a Namur em junho de 1334 para propor casamento a Branca. Com a resposta afirmativa, ele retornou a Noruega no inverno do mesmo ano. Uma escritura datada em 24 de agosto de 1335 declara que o Rei de Inglaterra Eduardo III ordenava que navios levassem Branca até a Noruega, para o seu casamento com o rei norueguês.[2] Durante o inverno de 1335, Branca partiu para a Noruega. A cerimônia ocorreu em 5 de novembro de 1335, provavelmente na Fortaleza de Bohus.[3]

Branca foi coroada foi coroada rainha da Suécia provavelmente em 22 de julho de 1336, na Catedral de São Nicolau de Estocolmo, em Estocolmo.

Branca e seu filho Haakon VI, por Albert Edelfelt.

O casal teve três filhos:

  • Haakon VI (1340 - 1380) - Sucessor de seu pai como rei da Suécia;
  • Érico XII (1339 – 21 de junho de 1359) - Devido a escolha de seu irmão como rei em 1355, Érico se rebelou contra seu pai em 1357, conseguindo dessa forma se tornar co-rei com Magno;
  • Florença Magnusdottir (1348 - 1359) - Esposa de Henrique I Sinclair, Conde das Órcades;

Seu marido foi acusado de ser homossexual devido a seu relacionamento de favoritismo para com Benedito da Finlândia, Duque de Halland e Finlândia, algo que nunca foi provado.

Influências Políticas

Em seu selo, Branca é chamada de Rainha da Suécia, Noruega e Escânia. Além disso, na imagem a rainha não está usando nenhum véu para cobrir o seu rosto, uma característica normalmente encontrada nas mulheres casadas do período.

Aparentemente, Branca e seu marido cultivavam um bom relacionamento, tendo a própria influência política sobre o rei, pois em 1345, seus irmãos Roberto e Luís se tornaram vassalos de seu marido. Roberto era próximo do rei Eduardo III de Inglaterra , tendo sido investido como Cavaleiro da Ordem da Jarreteira, além de ser marido de Isabel de Hainault, irmã mais nova de Filipa de Hainault, a rainha consorte de Eduardo. Além disso, ela foi escolhida como regente de algumas partes da Noruega pelo seu marido.

Sua influência política a tornou alvo de intrigas e críticas. Em 1359, a rainha foi acusada por Brígida da Suécia de ter envenenado o próprio filho Érico XII e sua esposa Beatriz da Baviera[2], sendo que o primeiro teria dito em seu leito de morte que a mesma pessoa que lhe deu a vida, agora a tirava. Brígida também a teria acusado de ser infiel a seu marido, sendo considerado o duque Benedito amante do casal real.

Últimos anos

A partir de 1358, Branca passou a viver na Fortaleza de Tønsberg, de onde administrava os feudos de Vestfold e Skienssysla[2]. Seus últimos anos foram passados em dificuldade econômica.

Logo após o casamento de seu filho Haakon com Margarida I da Dinamarca, filha de Valdemar IV da Dinamarca, em 9 de abril de 1363, Branca adoeceu e morreu de causas desconhecidas. O local de sua tumba também não é conhecido.[4]

Na cultura popular

Branca é uma das mais lembradas rainhas medievais da Suécia e Noruega, o que inspirou histórias e canções sobre ela.

Uma delas chamada de Rida rida ranka, hästen heter Blanka (Cavalgue, cavalgue nos meus joelhos, o cavalo é chamado de Branca),[5] que serviu de inspiração para a pintura do finlandês Albert Edelfelt.

Ancestrais

Ancestrais de Branca de Namur
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16. Guy II, Lorde de Dampierre
 
 
 
 
 
 
 
8. Guilherme II, Lorde de Dampierre
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17. Matilde I, Senhora de Bourbon
 
 
 
 
 
 
 
4. Guido de Dampierre
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18. Balduíno I de Constantinopla
 
 
 
 
 
 
 
9. Margarida II da Flandres
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19. Maria de Champanhe
 
 
 
 
 
 
 
2. João I de Namur
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20. Waleran III de Limburgo
 
 
 
 
 
 
 
10. Henrique V do Luxemburgo
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21. Ermesenda do Luxemburgo
 
 
 
 
 
 
 
5. Isabel de Luxemburgo
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22. Henrique II de Bar
 
 
 
 
 
 
 
11. Margarida de Bar
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23. Filipa de Dreux
 
 
 
 
 
 
 
1. Branca de Namur
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24. Roberto I de Artois
 
 
 
 
 
 
 
12. Roberto II de Artois
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25. Matilde de Brabante
 
 
 
 
 
 
 
6. Filipe de Artois
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26. Pedro de Courtenar, Lorde de Conches
 
 
 
 
 
 
 
13. Amícia de Courtenay
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27. Peronela de Joigny
 
 
 
 
 
 
 
3. Maria de Artois
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28. João I, Duque da Bretanha
 
 
 
 
 
 
 
14. João II, Duque da Bretanha
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29. Branca de Navarre
 
 
 
 
 
 
 
7. Branca da Bretanha
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30. Henrique III, Rei de Inglaterra
 
 
 
 
 
 
 
15. Beatriz de Inglaterra
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31. Leonor da Provença
 
 
 
 
 
 


Precedida por
Marta Eriksdotter
Rainha consorte da Suécia
Juntamente com Beatriz da Baviera

5 de novembro de 13351363
Sucedida por
Margarida I da Dinamarca
Precedida por
Eufêmia de Rügen
Rainha consorte da Noruega

5 de novembro de 133515 de agosto de 1343
Sucedida por
Margarida I da Dinamarca

Referências

  1. Find a grave.com
  2. a b c Medieval Lands - Terras Medievais
  3. Nordberg (2001), p. 69-72
  4. Nordberg (2001), p. 303
  5. Canção de ninar
  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Blanche of Namur».
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