La Seine à Asnières

La Seine à Asnières
La Seine à Asnières
Autor Claude Monet
Data 1873
Técnica óleo sobre tela
Dimensões 46.4 × 55.5 cm 
Localização Museu do Hermitage

La Seine à Asnières é uma pintura de Claude Monet. Realizada em 1873 a óleo sobre tela, a obra, ofuscada pelo brilhantismo de Impression, soleil levant (pintado no mesmo ano), pertence à colecção do Museu do Hermitage, em São Petersburgo.

Local

Asnières, localizada nas proximidades de Paris, era uma comunidade independente no século XIX, popular como local de recreio da nova burguesia parisiense e pelo seu pequeno porto, onde atracavam variados barcos e onde os pescadores, matinalmente, descarregavam a sua carga.

Além de atrair a burguesia que, querendo manter-se alheia à confusão da grande metrópole francesa nos tempos de recreio, procuravam o abrigo da povoação, o local atraiu os amigos que pouco tempo mais tarde formariam o Grupo dos Impressionista. Monet, o «líder», foi o primeiro a frequentar o local.

Descrição

Neste quadro, o tema são os bancos de areia nas margens do Sena, em frente à população. Do rio, vêem-se as duas margens. De uma delas, na margem esquerda da tela, não mais se vê do que uma pequena porção de areia e uma quantidade massiva de barcos atracados deste lado do rio oposto à povoação, visível em segundo plano.

Apesar da brilhante representação dos reflexos das embarcações e das casas nas águas do Sena, o mais interessante no quadro é mesmo o segundo plano. O segundo plano é formado pela outra margem do rio, pelo casario disposto irregularmente e pelas árvores que o sucedem. A disposição aparentemente confusa das casas, coordena um encadeamento rítmico destas, numa sequência feita desde a margem direita da tela até à margem esquerda, com as árvores.

Seguindo a sequência supra-apresentada, as casas maiores, nomeadamente as mais nobres, localizam-se à margem direita da tela, as de altura média, dispostas de forma frenética, a meio da tela, e as mais baixas, na margem esquerda. As árvores merecem a mesma coordenação que as casas, sendo que as maiores, nomeadamente ciprestes, sucedem as casas mais altas, e assim sucessivamente até à margem esquerda do quadro.

O quadro reflete uma cena perto do final da tarde. Não é somente uma vista sobre uma zona de recreio em voga, mas, mais do que isso, é uma enfática composição poética construída sobre a impressão da luz do sol da tarde sobre a povoação piscatória, antes do pôr-do-sol e da queda da noite no local.

O quadro foi transferido da Alemanha para o Museu do Hermitage, em São Petersburgo, Rússia, após a Segunda Guerra Mundial.

Ver também

Ligações externas

  • «A obra no site do Museu do Hermitage»