London School of Medicine for Women

Coordenadas: 51° 31′ 32.16″ N, 0° 7′ 23.88″ W

London School of Medicine for Women
London School of Medicine for Women
Fundação 12 de outubro de 1874, 12 de outubro de 1974
Tipo de instituição Privada
Localização Camden, Londres, Reino Unido Reino Unido
fundada por Elizabeth Blackwell, Elizabeth Garrett Anderson, Sophia Jex-Blake

A London School of Medicine for Women, estabelecida em 1874, foi a primeira escola de medicina para mulheres no Reino Unido.[1]

História

A escola foi formada pela associação de pioneiras médicas britânicas: Sophia Jex-Blake, Elizabeth Garrett Anderson, Emily Blackwell e Elizabeth Blackwell, com a colaboração de Thomas Henry Huxley. Um dos principais motivos para a abertura de uma escola de medicina exclusiva para mulheres foi a tentativa fracassada de Sophia Jex-Blake de ingressar em universidades tradicionais que, na época, não aceitavam mulheres estudantes.[1]

Outras colegas de Sophia se juntaram à iniciativa, como Isabel Thorne, que a sucedeu em 1877 como secretária honorária. Em 1886, ela deixou Londres, voltando para Edimburgo, onde abriu a Edinburgh School of Medicine for Women. O Ato Médico de 1876, assinado pela Rainha Vitória, revogou um ato anterior que permitia em todo o Reino Unido, que autoridades médicas licenciassem todos os candidatos qualificados, independente de seu gênero, o que impediu muitas mulheres de conseguirem licença, caso conseguissem se formar em medicina.[2][3][4]

Um acordo foi firmado em 1877 com o Hospital Royal Free, permitindo que estudantes da London School of Medicine for Women pudessem concluir seus estudos clínicos em suas dependências. Ele foi o primeiro hospital escola em Londres a admitir o treinamento de médicas. Quando Elizabeth Garrett Anderson foi reitora (1883-1903), a escola passou por uma reforma e tornou-se parte da Universidade de Londres, consolidando assim sua associação com o Hospital Royal Free. Em 1896, a faculdade foi renomeada para London Royal Free Hospital School of Medicine for Women.

Na década de 1920, muitas estudantes da Índia cursaram medicina em suas dependências e retornaram para a então colônia britânica para clinicar, algumas delas médicas pioneiras em sua terra natal. Em 1998, ela foi fundida com a escola de medicina da University College Hospital, para formar a UCL Medical School.[1]

Alunas notáveis

London School of Medicine for Women, na Hunter Street.
  • Florence Barrett, cirurgiã do Mothers' Hospital, em Clapton e no Hospital Royal Free, em Londres
  • Diana Beck, neurocirurgiã do Hospital de Middlesex, formada em 1925
  • Julia Bell, geneticista e membro do Royal College of Physicians, formada em 1920
  • Rosemary Biggs, hematologista, formada em 1943
  • Margery Blackie, homeopata da rainha Elizabeth II[5]
  • Ruth Bowden, professora de anatomia no Hospital Royal Free, formada em 1940
  • Fanny Jane Butler, primeira turma, em 1880; primeira médica missionária da Índia Britânica
  • Eleanor Davies-Colley, cirurgiã, formada em 1907
  • Katharine Dormandy, hematologista do Hospital Royal Free, formada em 1951
  • Eva Frommer, pediatra pioneira, fundadora do Children's Day Hospital e uma das fundadoras do Royal College of Psychiatrists, formada em 1952
  • Frances Gardner, cardiologista, formada em 1940
  • Mary Esther Harding, psicanalista, formada em 1910
  • Dr. Jensha Jhirad, primeira mulher indiana a se formar em obstetrícia e ginecologia, em 1919
  • Una Ledingham, especialista em diabetes
  • Katharine Lloyd-Williams, anestesista, formada em 1926
  • Margaret Lowenfeld, psicoterapeuta infantil, formada em 1918
  • Honor Smith, neurologista, formada em 1937
  • Alice Stewart, epidemiologista que revolucionou o entendimento sobre o risco da radiação, formada em 1899
  • Alice Vickery, primeira britânica a se formar em farmácia e química
  • Jane Elizabeth Waterston, primeira médica da África do Sul, formada na primeira turma em 1880
  • Helena Rosa Wright, cirurgiã, pioneira na área de contraceptivos, conhecida internacionalmente, formada em 1914

Referências

  1. a b c «UCL Bloomsbury Project - London School of Medicine for Women». ucl.ac.uk 
  2. British Medical Journal. [S.l.]: British Medical Association. 1908. pp. 1079– 
  3. John A. Wagner Ph.D. Voices of Victorian England: Contemporary Accounts of Daily Life. [S.l.]: ABC-CLIO. pp. 211–. ISBN 978-0-313-38689-3 
  4. Great Britain. Parliament. House of Commons (1892). Parliamentary Papers, House of Commons and Command. [S.l.]: H.M. Stationery Office. pp. 40– 
  5. «Margery Grace Blackie 1898 – 1981». Sue Young Histories. Consultado em 28 de março de 2015 

Bibliografia

  • Greene, Gayle (31 de julho de 2001). The Woman Who Knew Too Much. [S.l.]: University of Michigan Press. ISBN 0-472-08783-5 
  • «Genesis: Developing Access to Women's History Sources in the British Isles» 
  • Lahiri, Shompa (1 de novembro de 1999). Indians in Britain. Londres: Routledge. ISBN 0-7146-8049-4 
  • McIntyre, Neil (2014). How British Women Became Doctors: The Story of the Royal Free Hospital and its Medical School. [S.l.]: Wenrowave Press 
  • Richardson, John (1 de setembro de 2000). The Annals of London. [S.l.]: University of California Press. ISBN 0-520-22795-6 
  • Witz, Anne (1 de janeiro de 1992). Professions and Patriarchy. Londres: Routledge. ISBN 0-415-07044-9 

Ligações externas

  • Arquivos do Hospital Royal Free
  • Listas de estudantes da London School of Medicine for Women
  • Biblioteca Global de Mulheres na Medicina
  • Portal das mulheres
  • Portal da educação
  • Portal da medicina
  • Portal do Reino Unido
Controle de autoridade
  • Wd: Q6670747
  • WorldCat
  • VIAF: 142365262
  • GND: 1215532202
  • LCCN: nr2006001687